segunda-feira, 12 de julho de 2010

A expressão e a comunicação oral

Paulo Cadete


A Expressão e a Comunicação Oral



Da boca para os ouvidos, conseguimos compreender a comunicação oral nos aspectos: fisiológicos (vinculado ao estudo da sensibilidade; verdadeiros barulhos, voz muito baixa, fala muito rápida), psicolingüístico (vinculado ao estudo da língua; dificuldades de decodificação por parte do receptor) e psicológico (vinculado aos problemas de atenção; falta de atenção, elementos passionais interferindo na mensagem, etc.).
Fazendo uma retroação ou o “feedback” que é a “realimentação” da informação, dizemos que o “feedback” pode adquirir várias formas: como por exemplo a repetição completa e sistemática das informações, a verificação final através de uma pergunta do emissor ou receptor, ou verificação por meio de sinais não verbais favorecendo assim a comunicação e dissipando as inquietudes, os receios e as tensões no relacionamento entre o(s) emissor(es) – receptor(es). No entanto nota-se que o “feedback”, não será sempre possível porque a sua aplicação dependerá do tipo da comunicação oral.
Conforme o oportuno deste contexto no que diz respeito a tipos de comunicação oral, afirmamos que existem vários casos que precisam ser considerados e distinguir basicamente sua situação se é de intercâmbio (onde os interlocutores conversam efetivamente, os papéis do emissor e do receptor se invertem, neste caso o “feedback” é possível, a exemplo disso seria a conversa, curso ou aula com diálogo, perguntas e respostas, etc.) ou a situação de não-intercâmbio (onde o receptor , ainda que presente ou próximo, não tem a possibilidade imediata de responder e de assumir o papel de emissor o exemplo disso seria aula expositiva, discurso, sermão, comunicação teatral).
Entretanto observamos que a comunicação oral do tipo intercâmbio, que se daria por parte do diálogo, da entrevista ou até nos seus diferentes tipos de reuniões com intercâmbio (O “brain-storming” – isto é, “tempestade cerebral; O método de casos; A exposição-participação) que neste caso especifico seria Tipo de comunicação oral de intercâmbio e seus diferentes tipos de reuniões com intercâmbio.
Todavia com estas informações iniciais podemos colocar o contra ponto do tipo de intercâmbio por logicamente os tipos de comunicação oral “sem intercâmbio”, que teria a suas características gerais tratando-se da difusão de mensagens em que os ouvintes estariam ausentes e distantes (rádio e televisão); presentes e próximos (teatro, aula expositiva, conferência, discurso, sermão); salientado O estilo da exposição oral (caracterizando-se por uma espécie de compromisso simultâneo com a língua falada e língua escrita) e o “Plano” que é o capital para o sucesso da exposição, pois dele depende o receptor para compreender as informações e as idéias transmitidas encadeando-se de maneira lógica; de modo a operar uma progressão no desenvolvimento do assunto.
Concluindo-se que a comunicação oral caracteriza-se pela sutileza. Como exemplo, que um professor pode passar da comunicação oral sem intercâmbio (aula expositiva, exposição) à comunicação com intercâmbio (exposição-participação, aula dialogada, etc.). Ainda como exemplo, que um orador hábil consegue adaptar o tom, o estilo e até mesmo o conteúdo de seu discurso às reações do auditório. A comunicação oral bem conduzida é o modo de informação e de influência mais direto e eficaz.



Referência:
VANOYE, Francis (1985) Usos da linguagem:
Problemas técnicos na produção oral e escrita
Cap. 3. São Paulo: Martins Fontes

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